Uma operação militar dos Estados Undos realizada no fim de semana no Afeganistão matou o principal líder da organização Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, segundo adiantou a agência Associated Press.
O ataque com drone, em Cabul, seria a primeira ação militar conhecida de Washington no país da Ásia Central desde a retirada das tropas, no ano passado.
O presidente Joe Biden deve fazer um pronunciamento sobre o caso nas próximas horas.
Um porta-voz do Talibã, grupo que controla o Afeganistão desde agosto do ano passado, confirmou que um ataque de drone ocorreu em Cabul neste domingo (31) e disse que ele “violou princípios internacionais”.
Zawahiri é um veterano radical. O egípcio passou boa parte de seus 70 anos na militância. Entrou para a Irmandade Muçulmana ainda na adolescência e fundou o grupo terrorista Jihad Islâmica em 1979. Foi preso por planejar um atentado ao então presidente egípcio, Anuar Sadat. Uniu seu grupo à Al Qaeda nos anos 1990, projetando seu nome ainda mais.
Ainda que não tivesse o mesmo carisma de seu antecessor, Osama bin Laden, morto em 2011, nem o apelo de Abu Musab al-Zarqawi, líder do braço da Al Qaeda no Iraque morto em 2006, sua posição na hierarquia da organização fez com que os Estados Unidos oferecessem recompensa de US$ 25 milhões (R$ 134 milhões) por sua cabeça.
Foi sob o mando disfuncional de Zawahiri, aliás, que na última década a Al Qaeda perdeu espaço para o Estado Islâmico, uma organização terrorista que chegou a controlar partes da Síria e do Iraque.