A arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil atingiu R$ 581,795 bilhões no primeiro trimestre de 2023, de acordo com dados revelados nesta terça-feira (25) pela Receita Federal. O valor corresponde ao melhor desempenho arrecadatório para o período desde 1994, ano que marca o início da série histórica.
No acumulado do ano, a alta real (acima da inflação) de 0,72% pode ser explicada, principalmente, pelos recolhimentos do ajuste de IRPJ e CSLL e das desonerações concedidas no IPI e PIS/Cofins, afirma o Fisco.
Somente no mês de março, a arrecadação total das receitas federais atingiu R$ 171,056 bilhões e registrou decréscimo real (abaixo da inflação) de 0,42% em relação ao mesmo mês do ano passado, período que continua com a maior arrecadação para o mês.
Em todo o período compreendido entre os meses de janeiro e março, a receita previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 142,132 bilhões, com ganho real de 6,99%. Esse desempenho é explicado pelo crescimento real de 12,07% da massa salarial dos trabalhadores.
Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da lei nº 13.670/18. O IRRF-Rendimentos de Capital apresentou uma arrecadação de R$ 24,581 bilhões, o que resultou em um crescimento real de 43,06%. Tal soma pode ser explicada pelas altas nominais de 70,76% na arrecadação do item Fundos de Renda Fixa e de 88,52% na arrecadação do item Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ).
O IRRF — Rendimentos do Trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 52,277 bilhões, com crescimento real de 8,17%. Esse resultado se deve aos acréscimos reais no recolhimento dos itens Rendimentos do Trabalho Assalariado (+11,71%) e Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público (+5,52%) e o decréscimo real em Participação nos Lucros ou Resultados — PLR (-19,12%).