Depois de três meses de uma fuga que desencadeou uma das piores crises de segurança atuais na América Latina, a polícia do Equador disse ter prendido nesta segunda-feira (22) um dos líderes da facção criminosa Los Lobos.
A facção foi responsável por detonar a onda de violência que tomou conta de várias cidades do país em janeiro deste ano e fez com que o presidente, Daniel Noboa, declarasse estado de exceção.
Segundo a polícia, o criminoso preso nesta segunda, Fabrício Colón Pico Suárez, é um dos líderes do Los Lobos. Ele fugiu da prisão em que estava, em Riobamba, na região central andina, em 9 de janeiro, em meio a um ataque do tráfico de drogas que deixou vinte mortos.
“A @PoliciaEcuador em coordenação com a @FiscaliaEcuador acaba de capturar #ColónPico em um setor de #PuertoQuito”, uma pequena cidade a noroeste da capital, informou o Ministério do Interior na rede social X.
Capitão Pico também é acusado de organizar um plano para assassinar a procuradora-geral do Equador, Diana Salazar.
Ele foi preso inicialmente por conta do plano, descoberto pela polícia antes de sua execução e que era uma tentativa de retaliação a Salazar, que havia revelado o vínculo destes grupos com políticos, juízes e entidades do Estado.
Além de Pico, Adolfo Macías, conhecido como Fito e chefe da organização criminosa Los Choneros, tamb,ém fugiu da prisão durante a onda de violência de janeiro. Fito estava preso desde 2011 e cumpria pena de 34 anos. Ele ainda não foi encontrado.
Referendo
Equador faz referendo sobre segurança pública que é teste para reeleição de Noboa
A prisão ocorre no dia seguinte da realização de um referendo e uma consulta pública com 12 questões relativas à segurança pública e à economia do Equador.
A contagem dos votos indicava nesta segunda que a maioria dos votos apoia as propostas do presidente Daniel Noboa, como o uso das Forças Armadas nas ruas de forma permanente.