Com a virada do ano, muitos se perguntam se a energia solar em 2023 vale a pena. Afinal, muito foi se falado sobre o prazo para instalar um sistema fotovoltaico garantindo o direito adquirido, previsto no Marco Legal da Geração Distribuída e encerrado recentemente em 07/01/2023.
Antes de tudo, o consumidor que gerava sua energia podia injetar o excedente na rede, usar de volta, compensar e não pagar nada adicional pelo uso da rede. Desse modo, a rede era usada como se fosse uma bateria de armazenamento.
Esse consumidor, a partir de agora, começará a ser cobrado de uma forma diferente. Ele deverá pagar pelo uso da rede da distribuidora sempre que usar sua energia armazenada.
Nesse sentido, muitas dúvidas surgiram para os consumidores a respeito da energia solar a partir de 2023. Essa insegurança sobre os custos da tarifa gera novas objeções, e por isso, os vendedores precisam argumentar assertivamente para tornar claro que, SIM, a energia solar em 2023 vale a pena!
Energia solar em 2023 vale a pena e MUITO!
Confira neste artigo o que mudará para o consumidor, e como você que é da área de vendas pode passar a segurança que seu cliente. E claro, ainda passando a mensagem que a energia solar em 2023 vale a pena!
O conteúdo é baseado na live “Como vender mais Energia Solar em 2023” de Joiris Manoela, CEO da Energês, com participação do advogado especialista em energia, Lucas Pimentel, e Neto Barriquel, treinador em Vendas Consultivas.
Qual é o cenário? A energia solar em 2023 vale a pena?
A tarifa de energia é a base para a fatura que pagamos todos os meses, e ela possui vários componentes. Um deles é a parcela que paga a distribuidora de energia, e esse componente é chamado de Fio B.
Inicialmente, 2023 incluirá a cobrança de uma parte (15%) do Fio B. A pergunta que não quer calar é: “mas quanto ele vale?”
Não existe uma resposta definitiva para o valor do Fio B pois depende de cada distribuidora. Será preciso avaliara na sua distribuidora qual é o seu Fio B e quanto ele representa no total da tarifa.
Distribuidoras com uma área de concessão maior, que dividem o valor em menos consumidores, terão uma porcentagem maior de Fio B.
Confira o passo a passo para encontrar o valor do Fio B neste reels da Joi. Mas já adiantamos que é simples: é possível conferir até mesmo no site da ANEEL.
A energia solar em 2023 vale a pena?
Em primeiro lugar, é preciso desmistificar a ideia de que a energia solar deixará de ser a alternativa mais econômica.
Por exemplo: Digamos que um cliente tem um consumo de 1.000 kWh. Sua tarifa é de R$ 1,00/kWh, sendo um consumo trifásico e pagando um custo de disponibilidade mínima de 100 kWh, Fio B de R$ 0,25. Sem a geração própria de energia, esse cliente pagará R$ 1.000 por mês.
Com a 100% da geração própria e com o direito adquirido (regra de compensação antiga) o consumidor pagará R$ 100, referente ao custo de disponibilidade.
Sem o direito adquirido, ele começará em 2023 pagando 15% do Fio B, ou seja, com 0% de simultaneidade, R$ 37,50/mês (referente aos 1.000 kWh injetados e consumidos), menos do que a fatura com o direito. Em 2024, será um total de R$ 75,00/mês. Em 2025, R$ 112,50/mês. E assim por diante, acrescentando 15% do Fio B anualmente até chegar em 2028, 2029 s 2030 com os 90% do Fio B: R$ 225,00/mês.
Avaliar os casos e entender quanto é a sua geração, e quanto dessa geração será injetada, pois esta que será cobrada sobre o Fio B, é o que vai dizer se você pagará menos agora, com as novas regras, ou se pagará mais do que com o direito adquirido da disponibilidade. Em ambos os casos, ainda será um custo menor do que sem a energia solar, provando que a energia solar em 2023 vale a pena!
O que mudará ao longo dos anos?
A porcentagem do Fio B aumentará 15% ao ano, dessa forma:
- 2023: 15%
- 2024: 30%
- 2025: 45%
- 2026: 60%
- 2027: 75%
- 2028: 90%
- 2029: 90%
- 2030: 90%
Assim, o consumidor tem alguns anos até que a parcela seja cobrada integralmente. Depois disso, ainda não se sabe qual será a regra definitiva estabelecida pela ANEEL. Porém, sabemos que os benefícios deverão ser adicionados na valoração.
Um fato é: não se deve sofrer por antecedência. A energia solar é marcada por inovações tecnológicas, portanto, não se sabe se até 2028 as baterias já tenham sistemas mais autônomos e sejam mais acessíveis. Podem surgir até outras formas de armazenamento, sem a necessidade de injetar na rede da distribuidora!