O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, criticou a demora do governo federal em enviar os recursos prometidos para a reconstrução do estado após as enchentes de maio, que resultaram na morte de mais de 180 pessoas. Durante o anúncio de medidas de apoio financeiro a microempreendedores individuais e pequenas empresas afetadas, Leite enfatizou a concentração de recursos em Brasília e expressou frustração pela falta de atendimento das necessidades emergenciais até o momento.
“Queríamos fazer mais na economia do que somos capazes, mas sabemos que a maior parte dos recursos no Brasil está centralizada na União. A arrecadação se concentra em Brasília. Infelizmente, até agora, Brasília não nos proporcionou tudo o que precisávamos”, afirmou Leite na segunda-feira (15/7).
Ele acrescentou que estava cansado de esperar pelos recursos prometidos e que a demora prejudicou as operações internas do palácio Piratini. “Ficamos esperando. Se tivéssemos recebido um anúncio, não teríamos usado nossos próprios recursos, pois há outras áreas que também necessitam de investimento. Mas cansamos de esperar e estamos utilizando os recursos estaduais para ajudar”, disse o governador.
Segundo informações do portal “Brasil Participativo”, o Rio Grande do Sul recebeu R$ 93,7 bilhões em recursos federais para lidar com a calamidade das enchentes.
O ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, reagiu às críticas de Leite, alegando que já foram transferidos R$ 19 bilhões em várias formas de auxílio ao estado. Ele lamentou a politização do tema e afirmou que a União está empenhada em resolver os problemas enfrentados pelos gaúchos, pedindo união em vez de conflito político.
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