O dólar comercial à vista fechou em queda de 0,79%, cotado a R$ 5,0880 na venda, menor valor para um encerramento de pregão desde meados de junho. Na cotação mínima desta quarta, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,0360, quando recuou quase 2%.
O índice de preços ao consumidor americano permaneceu inalterado em julho, após avançar 1,3% em junho, segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Projeções da agência Reuters indicavam alta de 0,2% do índice no mês passado. O acumulado em 12 meses caiu de 9,1%, em junho para 8,5%, no mês passado.
A queda mensal de 7,7% da gasolina está entre os fatores com maior peso no resultado de julho.
[10:42, 8/11/2022] Michele Gomes: O novo dado, que confirma a desaceleração da inflação, fez o mercado voltar a esperar que o Fed desaperte o passo na sua política de elevação de juros. Analistas já falam em uma alta de 0,50 ponto percentual no próximo mês.
Antes, parte do mercado considerava que o Fed poderia repetir em setembro o agressivo aumento de 0,75 ponto percentual da sua taxa de juros, assim como fez nas duas últimas reuniões de política monetária.
Na Bolsa de Valores brasileira, o indicador de referência Ibovespa subiu 1,46% nesta quarta, a 110.235 pontos. É o melhor resultado desde 3 de junho.
Setores que dependem mais de um ambiente com crédito barato e inflação controlada entregaram os melhores resultados da sessão.
Entre os destaques do dia, os papéis das Lojas Renner subiram 4,13%, ocupando lugar entre as mais negociadas.
O desempenho das ações locais esteve alinhado nesta sessão à força dos mercados internacionais.
Nos Estados Unidos, o índice de referência da Bolsa de Nova York, o S&P 500, saltou 2,13%.
No mercado de juros brasileiro, os contratos DI (depósitos interbancários) com vencimentos a partir de janeiro de 2024 recuaram após um dia de altas na véspera.
Embora seja negociada apenas entre instituições financeiras para empréstimos necessários para o acerto diário de caixa, a taxa DI serve de parâmetro para financiamentos em geral.
Inflação e juros mais baixos nos Estados Unidos tendem a derrubar o custo do crédito brasileiro porque, entre outros motivos, reduzem a pressão para que o Banco Central do Brasil aumente o prêmio para atrair investidores para a renda fixa do país.